quinta-feira, 11 de junho de 2009

O famoso navio de Oseberg.



Encontrado numa grande mamoa, uma sepultura situada na quinta de Oseberg, perto de Tønsberg, na comuna de Vestfold, na Noruega.
A escavação foi levada a cabo pelo arqueólogo sueco Gabriel Gustafson e pelo arqueólogo norueguês Haakon Shetelig em 1904-1905.
Construído quase totalmente em carvalho, com 22m de comprimento, 5 metros de largura, 1,5m de profundidade até à quilha, um mastro com 9 a 10 metros e 90m2 de vela.
Possuí 15 pares de remos o que significa que poderia ser remado por 30 homens.
A sepultura foi violada na antiguidade, tendo sido os metais preciosos levados. Apesar disso, foram encontrados diversos artefactos da vida diária, durante as escavações de 1904-1905. Este incluíam quatrotrenós com uma decoração elaborada, uma carroça de madeira de quatro rodas ricamente esculpida e baús de madeira. Incluíam ainda outras peças mais mundanas, como ferramentas agrícolas e para a casa, uma série de peças têxteis, tais como roupas de lã, sedas importadas e tapeçarias finas.
A sepultura de Oseberg é uma das poucas fontes de têxteis da era viquingue e a carroça é a única da altura encontrada até hoje. Foi também encontrado um pavão, o que é bastante surpreendente, dado que estas aves são nativas de climas quentes e a Noruega não possuía certamente um tal clima.
Foram encontrados dois esqueletos de duas mulheres na sepultura. Uma delas, tendo entre 60 e 70 anos de idade, sofria de artrite avançada. A segunda tinha entre 25 a 30 anos de idade. Não é claro qual dela seria mais importante em vida (apesar de uma se encontrar vestida com camadas de seda azul, um símbolo de grande riqueza, dada a raridade da seda azul), ou se alguma teria sido sacrificada para acompanhar a outra na morte. O opulência do rito do enterro e dos bens encontrados na sepultura sugere que se tratou de um funeral de alguém de muito elevado estatuto.
O navio, os esqueletos e demais peças encontradas encontram-se no museu de Oslo.